31 agosto 2010

O BOM LADRÃO, Hannah Tinti


Romance, Asa
"Com a mestria de Charles Dickens e toques de fantasia de Harry Potter… Magia pura e simples." Foi assim que o New York Times descreveu este livro, a confiar na frase colocada na capa. Será que o leram??? Eu confesso que não li Charles Dickens, mas vi muitos filmes e consigo ver como Ren pode ser uma personagem retirada do mesmo mundo que Oliver Twist ou David Copperfield (excepto que em vez de se passar no Reino Unido a história passa-se nos EUA). Agora, Harry Potter??? Vá lá, será que os senhores do New York Times não sabem que os livros de J.K. Rowling são mesmo sobre um mundo mágico e que não existe um ponto dessa magia (ou sequer fantasia!) n' O Bom Ladrão? Sinceramente não consigo perceber a ligação ao Harry Potter, a não ser por Ren ser órfão, mas… vá lá! Pronto, como fã do Harry Potter já descarreguei essa parte… Agora, ignorando essa frase na capa, o livro conta a história de um órfão retirado pelo alegado irmão de um orfanato onde passou toda a vida. O "irmão" acaba por não se revelar a pessoa que demonstrava ser e arrasta-o para o mundo do crime, que inclui assaltar cemitérios à noite. Personagens incluem um assassino grandalhão, mas amiguinho, e um anão que vive no telhado (será que é aqui a parte da fantasia….). Uma história sobre o poder da amizade (sem um pingo de magia!)

25 agosto 2010

Antes de começar... (36)


Livro:
O Bom Ladrão
Autor: Hannah Tinti
Editora: Asa
Ano: Julho de 2010

"Ren tem doze anos e vive num orfanato. Nunca conheceu os pais, não sabe como perdeu a mão esquerda nem o seu próprio nome, pois tinha apenas três iniciais – REN – bordadas na roupa com que foi abandonado. Ele sonha com uma família e um lar, mas a sua deformidade faz com que seja sempre preterido a favor das outras crianças. Até ao dia em que aparece Benjamin Nab, que desvenda o mistério da mão de Ren e afirma ser seu irmão. Os monges do orfanato decidem entregar-lhe o menino. Mas será Benjamin quem realmente diz ser? Mesmo quando as suas histórias se tornam cada vez mais insólitas e as aventuras mais perigosas, Ren não perde a esperança de encontrar a família e suporta corajosamente a fome e o perigo a que Benjamin o expõe. Mas o tempo passa e ele começa a suspeitar de que Benjamin guarda a chave, não só do seu futuro, mas também do seu passado…"

24 agosto 2010

O SABOR DO PERIGO, Peter Elbling


Romance, Editorial Presença
A ideia de um romance sobre um provador de comida pareceu-me muito original e assim que soube que havia este livro quis lê-lo (até porque a capa é deliciosamente atraente). Talvez porque a expectativa era tão elevada, fiquei um bocadinho desiludida. Achei que iria babar-me à medida que ia lendo sobre aquilo que Ugo ia comendo, mas esqueci-me que o livro se passa no século XVI... Resumindo, há momentos verdadeiramente nojentos, não só pelo que estão a comer (e eu até gosto de iscas), mas também pelo que vão fazendo à mesa. O facto de o narrador ser o próprio provador de comida, também nos revela logo que está vivo (a não ser que estivesse a escrever do além), o que tira a piada da coisa. Mas para os que vão atrás de sangue e envenenamentos, não se preocupem porque há muito disso...

17 agosto 2010

Antes de começar... (35)


Livro: O Sabor do Perigo
Autor: Peter Elbling
Editora: Editorial Presença
Ano: Agosto de 2010

"Na Itália do século XVI, Ugo DiFonte e a filha, Miranda, são levados para a corte do Duque Federico, onde este lhe ordena que seja o seu provador de comida, um cargo tão perigoso quanto os seus inúmeros inimigos. Em breve Ugo aprende a mover-se entre venenos, antídotos, conspirações e intrigas palacianas, mas o maior desafio ainda está para vir: proteger a filha dos seus muitos pretendentes – que incluem o cozinheiro e o próprio Duque – quando qualquer refeição pode ser a última…
Uma narrativa que combina as doses certas de suspense e humor resultando num romance irresistível, bestseller numa dezena de países."

16 agosto 2010

OLIVE KITTERIDGE, Elizabeth Strout


Romance, Casa das Letras
Tinha muitas expectativas para este livro e talvez por isso tenha ficado um bocadinho desiludida. É um livro óptimo, não pensem que não é, mas não é um daqueles que acabamos de ler com verdadeiro prazer. Neste caso foi mais: "ok, gostei, qual é o próximo?". Olive Kitteridge é uma velha professora numa pequena cidade norte-americana, casada com um homem simpático e bondoso e com um filho que se prepara para abrir as asas e sair do ninho. Em cada capítulo é-nos apresentada uma nova personagem desta cidade, cuja vida se cruza com a de Olive - seja um antigo aluno, alguém que ela encontra durante um passeio… bem, estão a ver. O problema é que essas histórias são sempre negativas - um funeral, um crime, um suicida - e eu sou uma pessoa positiva. Além disso essas histórias não têm continuação. Assim que acaba o capítulo, acaba essa história e a personagem não volta a aparecer. E por isso ficamos a querer mais.