Romance, Edições Asa
Este é um daqueles livros que não temos vontade de pôr de lado, apesar de estarmos a ler a pouco e pouco a queda no abismo de cada uma das personagem. Rani Manicka, que nasceu na Malásia, começa por nos apresentar cada um dos que fazem parte da história, abrindo-nos as portas da sua vida. Conhecemos as gémeas de Bali, o siciliano que as seduz, a mulher deste, a fria amante de um xeque árabe, um artista que pinta a raiva que sente pelo pai homossexual e o cabeleireiro que ao contrário dos estereótipos não é gay. E depois assistimos à sua entrada e perdição no mundo da droga e em tudo o que o rodeia. A história é contada sempre a partir do ponto de vista de cada uma das personagens, por isso sabemos sempre o que um e outro pensam, sem o recurso à figura do narrador. Todo o livro é escrito a partir do "eu", que se multiplica por sete. E apesar da tragédia, mantem-se sempre acesa uma luz ao fundo do túnel que nos faz acreditar que no meio de tudo, ainda há possibilidade de ser feliz. Gostei bastante de ler este livro e fiquei curiosa para ler o outro livro desta autora, A Guardiã dos Sonhos.
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