23 maio 2010

Antes de começar... (23)


Livro:
The Book Thief
Autor: Markus Zusak
Editora: Black Swan
Ano: 2007

"Here is a small fact: You are going to die.
1939. Nazi Germany. The country is holding its breath. Death has never been busier.
Lieslel, a nine-year old girl, is living with a foster family on Himmel Street. Her parents have been taken away to a concentration camp. Liesel steals books. This is her story and the story of the inhabitants of her street when bombs begin to fall.
Some important information: This novel is narrated by death.
It's a small story, about: a girl + an accordionist + some fanatical Germans + a Jewish fist fighter + and quite a lot of thievery.
Another thing you should know: Death will visit the book thief three times."

22 maio 2010

A SOCIEDADE LITERÁRIA DA TARTE DE CASCA DE BATATA, Mary Ann Shaffer e Annie Barrows


Romance, Editora Objectiva
O nome estranho chamou-me a atenção e obrigou-me à leitura da sinopse deste livro. Fiquei curiosa e quis ler mais. A história começa com uma carta, à qual se segue outra e mais outra e mais outra… Todo o livro é assim. Um romance epistolar que me surpreendeu pela positiva. Tal como Juliet comecei a apaixonar-me pelos habitantes de Guernsey e a querer saber mais sobre o que estas ilhas britânicas sofreram quando foram ocupadas pelos alemães, na II Guerra Mundial. É daqueles livros que não nos apetece parar de ler, que temos pena de acabar de ler. As autoras (a sobrinha Annie Barrows fez os últimos ajustes no texto após a morte da tia Mary Ann Schaffer) conseguem mostrar-nos os horrores do conflito no meio do relato do dia-a-dia nas ilhas - surpreendendo-me e obrigando-me a fazer figura triste e a limpar as lágrimas em plena paragem de autocarro. Seja como for, este é um excelente livro que recomendo a toda a gente.

19 maio 2010

Antes de começar... (22)


Livro:
A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata
Autor: Mary Ann Shaffer, Annie Barrows
Editora: Editora Objectiva
Ano: Março de 2010

"Londres, 1946. Depois do sucesso estrondoso do seu primeiro livro, a jovem escritora Juliet Ashton procura duas coisas: um assunto para o seu novo livro, e, embora não o admita abertamente, um homem com quem partilhar a vida e o amor pelos livros.
É com surpresa que um dia Juliet recebe uma carta de um senhor chamado Dawsey Adams, residente na ilha britânica de Guernsey, a comunicar que tem um livro que outrora pertenceu a Juliet.
Curiosa por natureza, Juliet começa a corresponder-se com vários habitantes da ilha. É assim que descobre que Guernsey foi ocupada pelas tropas alemãs durante a segunda Guerra Mundial, e que as pessoas com quem agora se corresponde formavam um clube secreto a que davam o nome de Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata. O que nasceu como um mero álibi para encobrir um inocente jantar de porco assado transformou-se num refúgio semanal, pleno de emoção e sentido, no meio de uma guerra absurda e cruel.
Fascinada pela história da dita Sociedade Literária, e ainda mais pelos seus novos amigos, Juliet parte para Guernsey. O que encontra na ilha mudará a sua vida para sempre.
Uma história comovente sobre o poder da amizade, dos livros e do amor."

18 maio 2010

ECSTASY, Irvine Welsh


Romance, Quetzal
Tenho o hábito de iniciar sempre a leitura do livro pela contracapa, mas por acaso em "Ecstasy" lancei-me logo às primeiras páginas. Daí que não estivesse à espera de encontrar três pequenas histórias em vez de uma só, nem de me deparar com necrofilia e zoofilia logo na primeira (com todos os detalhes possíveis e imaginários). Digamos que, por momentos, pensei que a editora se tinha enganado e que estava a ler o livro de Irvine Welsh chamado Porno. Não havia necessidade. Tal como não havia necessidade de ter como personagem da segunda história uma mulher sem braços que é uma verdadeira sádica. A deficiência foi causada por um medicamento aprovado após a falsificação dos resultados dos testes e digamos que apenas uma coisa a move: vingança. Por causa do título do livro, esperava uma história sobre o consumo de droga e os seus efeitos nefastos - aquilo que encontrei precisamente na terceira história. Resumindo: se tiver este livro lá por casa, leia só a partir da página 211. Ao contrário da segunda narrativa (à base de analepses que se misturam com o tempo presente) não nos perdemos, porque cada capítulo é o ponto de vista de uma de duas personagens (Heather e Lloyd).

17 maio 2010

Antes de começar... (21)


Livro: Ecstasy
Autor: Irvine Welsh
Editora: Quetzal
Ano: 2008

"As três histórias de Ecstasy, assim como toda a obra de Irvine Welsh, têm em comum o motivo da decadência da Grã-Bretanha, da dupla moral orwelliana da sua política e da exigência de conformidade e, obviamente, o do consumo de droga como forma de lidar com essas realidades.
Lorraine Vai para Livingstone: um delirante romance sentimental da época da regência conta a bizarra história de um personagem televisivo necrófilo e uma romancista obesa.
A Fortuna Está sempre Escondida: um romance colectivo sobre a droga explora o território de uma vítima de talidomia que, juntamente com o seu amante, leva a cabo uma vingança sobre o director de marketing da farmacêutica que produziu aquela droga diabólica.
Em Os Invictos: um romance "acid house", Welsh retoma a temática explorada em Trainspotting, e o relato na primeira pessoa, de Lloyd e Heather, e das respectivas experiências com droga e sexo. Esta narrrativa terá, no entanto, um volte-face conservador: o encantamento do amor natural é superior ao efeito encantatório do amor químico."

16 maio 2010

CORRIDA CONTRA A MORTE, Josh Bazell


Romance policial, Civilização Editora
Quando pensamos no programa de protecção de testemunhas a primeira imagem que nos vem à cabeça é a de uma viúva qualquer que assistiu a um homicídio e que agora tem de mudar de identidade junto com os filhos e ir viver para os subúrbios para poder sobreviver. Não pensamos num assassino da mafia arrependido que de repente se transforma num médico. Mas é esse o personagem principal deste livro. A história desenvolve-se entre a actualidade, com Peter Brown a trabalhar num hospital e a manter-se de pé entre os turnos graças a uma boa dose de comprimidos, e o passado, com a transformação de Pietro Brnwa na "Garra de Urso". Pelo meio, uma grande dose de humor de Josh Bazell - gostei particularmente das notas de rodapé - e de muita violência, com uma cena que não ficaria nada mal num dos filmes "Saw".

08 maio 2010

Antes de começar... (20)


Livro:
Corrida contra a Morte
Autor: Josh Bazell
Editora: Civilização Editora
Ano: Maio 2009

"Apresento-voz Peter Brown, um jovem médico de Manhattan com um passado invulgar com o qual está prestes a confrontar-se.
A sua manhã começa com o rápido desarmar de um assaltante, seguido de um enconro escaldante no elevador com uma jovem e sexy delegada de propaganda médica, e termina com uma consulta a um novo paciente - é a partir daí que o dia de Peter vai piorar bastante e ficar ainda mais estranho, pois este novo paciente conhece Peter da sua outra vida, quando tinha outro nome e um emprego muito diferente. Peter agora é médico graças ao Programa de Protecção de Testemunhas - e mesmo esse não consegue protegê-lo da máfia de New Jersey."

07 maio 2010

AS FLORES DO TEMPLO, Rani Manicka


Romance, Edições Asa
Este é um daqueles livros que não temos vontade de pôr de lado, apesar de estarmos a ler a pouco e pouco a queda no abismo de cada uma das personagem. Rani Manicka, que nasceu na Malásia, começa por nos apresentar cada um dos que fazem parte da história, abrindo-nos as portas da sua vida. Conhecemos as gémeas de Bali, o siciliano que as seduz, a mulher deste, a fria amante de um xeque árabe, um artista que pinta a raiva que sente pelo pai homossexual e o cabeleireiro que ao contrário dos estereótipos não é gay. E depois assistimos à sua entrada e perdição no mundo da droga e em tudo o que o rodeia. A história é contada sempre a partir do ponto de vista de cada uma das personagens, por isso sabemos sempre o que um e outro pensam, sem o recurso à figura do narrador. Todo o livro é escrito a partir do "eu", que se multiplica por sete. E apesar da tragédia, mantem-se sempre acesa uma luz ao fundo do túnel que nos faz acreditar que no meio de tudo, ainda há possibilidade de ser feliz. Gostei bastante de ler este livro e fiquei curiosa para ler o outro livro desta autora, A Guardiã dos Sonhos.

02 maio 2010

Antes de começar... (19)


Livro: As Flores do Templo
Autor: Rani Manicka
Editora: Edições Asa
Ano: Agosto 2007

"Após a morte da mãe, as jovens e belas gémeas Nutan e Zeenat vêem-se forçadas a abandonar a paradisíaca ilha de Bali e a protecção da sua avó, uma grande especialista em magia, tradições e lendas, para se instalarem em Londres, onde tentam ganhar a vida trabalhando num café. Aí conhecem Ricky, um jovem sedutor siciliano que lhes abre as portas do Templo da Aranha, um local decadente e excessivo que mudará para sempre as suas vidas.
Um pintor, a amante de um milionário, uma prostituta e um cabeleireiro de sucesso, todos eles habitantes deste romance, acompanham as duas irmãs nesta aventura carregada de sentimentos, que percorre a frágil fronteira entre a vida e a morte, a corrupção e a inocência.
Magia e exotismo fundem-se com a dura realidade para oferecer uma história inquietante sobre a perda da inocência e a redenção."

01 maio 2010

EMMA, Jane Austen


Romance, Wordsworth Classics
Jane Austen queria criar uma personagem que só ela (e Mr. Knightley, claro) seria capaz de amar, mas é impossível não gostar de Emma. A jovem que pensa que é uma grande casamenteira, mas que na realidade falha todas as suas tentativas para encontrar um parceiro para a nova amiga, Harriet - o primeiro estava de facto apaixonado por ela e o segundo noivo de outra, em segredo. Ao mesmo tempo que tenta adivinhar os sentimentos dos outros, falha na análise dos seus: só quando é confrontada com a ideia de que Harriet poderá ter conquistado Mr. Knightley é que se apercebe de que sempre o amou sem saber. "It darted through her, with the speed of an arrow, that Mr. Knightley must marry no one but herself!"
É incrível reler este livro e tentar perceber os erros que Emma comete, mas Jane Austen usa uma linguagem tão dúbia, que deixa sempre a situação em aberto. Para quem já conhece o desfecho, os diálogos fazem tanto sentido como para quem lê pela primeira vez e se deixa enganar como a personagem principal. Mais um grande livro de Jane Austen.