18 setembro 2012

Antes de começar... (101)


Livro: Cavalos Roubados
Autor: Per Petterson
Editora: Casa das Letras
Ano: Outubro de 2008

"Em 1948, um jovem de quinze anos passa o Verão no campo com o pai. Os acontecimentos inesperados que irão ocorrer vão alterar a sua vida para sempre: a morte acidental de uma criança, os sentimentos de culpa do seu melhor amigo e o seu eventual desaparecimento, a decisão do seu pai de deixar a família por outra mulher.
Já velho, e a viver numa região isolada da Noruega, Trond encontra por acaso alguém que pertence àquele Verão fatídico e que irá remexer em memórias dolorosas forçando-o a mergulhar no passado.
Cavalos Roubados é uma história comovente de um homem que consegue alterar a sua perspectiva do mundo e da vida, que nos fala da inocência juvenil, da difícil aceitação das traições e da nostalgia por um modo de vida mais simples. 
Um romance mágico, intensamente lírico e evocativo que cativa o leitor da primeira à última página."

17 setembro 2012

EU SOU DEUS, Giorgio Faletti


Policial, Contraponto
Normalmente, vamos conhecendo aos poucos as origens do mal num policial. O porquê de determinada personagem se ter tornado num assassino. Aqui, conhecemos logo a história no início, devido a um longo flashback. E ao final de 60 páginas já conseguimos perceber quem será o "mau"... resta apenas conhecer a sua identidade. 
Depois sim voltamos à história dos crimes em Nova Iorque, as explosões de edifícios que despertam os receios dos atentados do 11 de Setembro. Seguimos uma caça ao homem liderada por Vivien e Russel e o receio de não se saber qual será o próximo alvo. Uma investigação que se vai enveredar na vida complicada destas duas personagens e que, no final, nos consegue surpreender. 
Mesmo quando achamos que sabemos quem é o assassino, somos surpreendidos. E por isso, Giorgio Faletti está de parabéns. Só gostaria de não ter de ler aquela introdução tão grande, que a história em flashback fosse contada ao longo do livro. Acho que a acção tinha que começar mais cedo.
Outro pormenor é o título do livro. Muita gente olhou duas vezes para mim nos transportes públicos, a achar que eu era fanática da religião ou assim... Como se de repente eu fosse começar a citar a Bíblia ou algo do género. Ainda bem que não me cruzei com nenhuma testemunha de Jeová... Mas acho que podia ser pior, o primeiro livro do Faletti chama-se Eu Mato.

10 setembro 2012

Antes de começar... (100)


Livro: Eu Sou Deus
Autor: Giorgio Faletti
Editora: Contraponto
Ano: Maio de 2012

"Um serial killer aterroriza a cidade de Nova Iorque. As suas ações não seguem os padrões conhecidos pelos criminalistas, sendo a escolha das vítimas totalmente aleatória. Não lhes olha nos olhos enquanto morrem, mas também não o poderia fazer, pois ataca massivamente. As autoridades procuram desesperadamente um rosto, mas o assassino não tem rosto, nem nome, nem passado, nem futuro. Vivien Light, uma jovem detetive que esconde os dramas pessoais sob uma sólida imagem profissional, e Russel Wade, um repórter fotográfico com um passado que deseja esquecer, são a única esperança para deter este homicida - um homem que não pode ser responsabilizado pelos seus atos, um homem que acredita ser Deus.

«Encontro um botão e pressiono-o com delicadeza. E outro. E mais outro. 
Um instante ou mil anos depois, a explosão é um trovão sem tempestade, a terra que acolhe o céu, um momento de libertação.
Depois os gritos e a poeira e o barulho dos carros que chocam uns contra os outros e as sirenes que me avisam que, para muitas pessoas que estão atrás de mim, chegaram ao fim os oito minutos. 
Este é o meu poder. Este é o meu dever. Este é o meu querer. 
Eu sou Deus.»"

09 setembro 2012

O CIRCO DOS SONHOS, Erin Morgenstern


Romance, Civilização Editora
Este não é bem um circo, é uma espécie de feira, onde cada atração tem a sua barraquinha e os visitantes são convidados a escolher em qual querem entrar. E é tudo a preto e branco. A ideia parece-me genial, só é pena não haver magia para criar o jardim de gelo, a tenda onde podemos saltar para as nuvens sem ter medo de cair ou a árvore dos desejos (bem, se calhar a ciência já seria capaz de fazer isto tudo...). Este circo dos sonhos da era vitoriana, que só está aberto à noite, é a criação de dois jovens que, ainda crianças, foram destinados a combater até à morte, tendo apenas como barreira a sua imaginação. Sem o saberem claro. Até porque acabam por se apaixonar, tentando escapar ao seu destino trágico.
Este livro não é uma obra prima, mas consegue transportar-nos para o mundo desta magia. Conhecemos o circo, aqueles que lá vivem sem saberem que não passam de marionetas, os seus fãs incondicionais e a forma como muda a vida de todos. Agora, não venham comparar com o Harry Potter... uma coisa é criar um circo mágico, onde a magia é real. Outra é desenvolver personagens para um mundo alternativo dentro do nosso mundo. 

04 setembro 2012

Antes de começar... (99)


Livro:  O Circo dos Sonhos
Autor:  Erin Morgenstern
Editora: Civilização Editora
Ano: 2012

"Um misterioso circo itinerante chega sem aviso e sem ser precedido por anúncios ou publicidade. Um dia, simplesmente aparece. No interior das tendas de lona às listas pretas e brancas vive-se uma experiência absolutamente única e avassaladora. Chama-se Le Cirque des Rêves (O Circo dos Sonhos) e só está aberto à noite.
Mas nos bastidores vive-se uma competição feroz - um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, que foram treinados desde crianças exclusivamente para este fim pelos seus caprichosos mestres. Sem o saberem, este é um jogo onde apenas um pode sobreviver, e o circo não é mais do que o palco de uma incrível batalha de imaginação e determinação. Apesar de tudo, e sem o conseguirem evitar, Celia e Marco mergulham de cabeça no amor - um amor profundo e mágico que faz as luzes tremerem e a divisão aquecer sempre que se aproximam um do outro.
Amor verdadeiro ou não, o jogo tem de continuar e o destino de todos os envolvidos, desde os extraordinários artistas do circo até aos seus mentores, está em causa, assente num equilíbrio tão instável quanto o dos corajosos acrobatas lá no alto.
Escrito numa prosa rica e sedutora, este romance arrebatador é uma dádiva para os sentidos e para o coração. O Circo dos Sonhos é uma obra fascinante que fará com que o mundo real pareça mágico, e o mundo mágico, real."

03 setembro 2012

A DELICADEZA, David Foekinos


Romance, Editorial Presença
De vez em quando há livros que nos fazem sorrir e nos deixam de bom humor. Este é um desses livros. Começamos por nos apaixonar pelo casal formado por Nathalie e François para, de repente, sermos surpreendidos com a morte dele. Nathalie entrega-se de corpo e alma ao trabalho, pondo de lado a vida privada, pensando que nunca mais irá encontrar um amor como aquele. A surpresa surge de onde menos esperava: o colega Markus, que parece incapaz de atrair uma mulher tão bela como Nathalie. 
Mas este livro é mais do que a história de que o amor não vê a beleza. O que mais surpreende é a forma como David Foekinos a conta. Com capítulos curtos, intercalados com apontamentos inusitados. Como por exemplo, numa altura em que Markus não se lembra do código da porta para entrar em casa e, no capítulo seguinte, Foekinos diz apenas qual é esse código. O autor usa o mesmo artifício para explicar alguma referência que os personagens fazem ou até inventar qual poderia ter sido a discografia dos Beatles, caso John Lennon não tivesse morrido em 1980. 
Um livro que vale a pena e que descobri depois já foi adaptado ao cinema (podem  ver aqui o trailer). É que a capa que eu tenho ainda  é a original, da primeira edição, tendo entretanto saído já a versão com a imagem do filme, com Audrey Tautou no papel principal. Um dia destes tenho que ver também o filme, para ver se é tão bom como o livro (que sim, se lê em poucos dias).

01 setembro 2012

Antes de começar... (98)


Livro: A Delicadeza
Autor: David Foekinos
Editora: Editorial Presença
Ano: Agosto de 2011

"Nathalie e François podiam ser personagens de um conto de fadas. Desde que se conheceram, a sua relação irradia uma felicidade sem mácula. Mas não estamos perante o clássico girl meets boy. O que David Foenkinos nos oferece neste romance que explora o lado mais lúdico da ficção é uma análise séria, inteligente e bem-humorada do comportamento amoroso, capaz de nos fazer apaixonar pelos dois protagonistas e de nos envolver profundamente no seu drama humano."

31 agosto 2012

O CERTO DE KRISHNAPUR, J.G. Farrell


Romance, Porto Editora
Já sei o que estão a pensar: "Lá está ela a ler livros inspirados em histórias reais que não conhece de lado nenhum." Pois, desta vez embrenhei-me numa história sobre o fim do império britânico na Índia. O livro foi editado pela primeira vez em 1973 (ganhou o Man Booker Prize) e a sua história remonta às revoltas indianas de 1857, das quais não sei nada... 
Krishnapur é uma cidade inventada, mas o cerco é baseado em histórias reais. J. G. Farrell conta-nos com humor a forma como os britânicos aguentaram, apesar das inúmeras dificuldades, um cerco durante quatro meses. Além da genialidade do último recuo dos britânicos, no qual já não há pólvora e é necessário recorrer ao que está à mão, incluindo os candelabros que já tinham sido usados durante as chuvas para aguentar os muros de areia que defendem o aquartelamento, há também a brilhante luta entre os dois médicos por causa da cólera. O mais velho a insistir que a doença se espalha pelo ar e o segundo a garantir que depende da ingestão de comida e águas contaminadas. Até na hora da morte o primeiro insiste que tem razão, apesar das provas em contrário.
Não é um livro para aprender mais sobre as revoltas; é um livro para conhecer os hábitos dos britânicos na Índia daqueles tempos.

19 agosto 2012

Antes de começar... (97)


Livro: O Cerco de Krishnapur
Autor: J.G. Farrell
Editora: Porto Editora
Ano: 2011

"Corre o ano de 1857. Na cidade imaginária de Krishnapur, a comunidade britânica resiste com bravura ao ataque lançado por um exército de indianos.
No final do cerco, a cólera, a fome e os agressores mataram a maioria dos ingleses, e os que restam são forçados a alimentar-se de cães, de cavalos e, por fim, de baratas. Mas nunca perdem a habitual fleuma britânica: no meio do caos, o chá continua a ser às cinco e a luta pela sobrevivência prossegue, agora lançando mão dos luxuosos candelabros e violinos, as armas que restam para enfrentar a barbárie.
Os episódios desconcertantes sucedem-se, num permanente desafio à mais fértil das imaginações..."

18 agosto 2012

A ARTE DE VIVER À DEFESA, Chad Harbach


Romance, Civilização Editora
Aqueles que não me conhecem, não sabem que tenho uma nova paixão: o basebol. Tudo graças a uma insónia e à ESPN America... Os que me conhecem já estão a ficar um bocadinho fartos de me ouvir falar do  jogo, mas a verdade é que assim que este livro chegou à redação, acabou logo na minha secretária. Com uma bola de basebol na capa, só podia, não era...
O jogo é o esqueleto do livro, mas esta é uma história que vai muito para lá do basebol. É uma história de  desafios, de superação pessoal, de acreditarmos em nós. Muitas vezes somos o nosso pior inimigo. Que o diga Henry (o apelido é impronunciável), um excelente shortstop (nem me lembro da tradução que fizeram em português), que está prestes a bater o recorde do seu ídolo do maior número de jogos sem erros (o basebol é o único desporto de equipa em que os erros são atribuídos a jogadores individuais). 
O problema é que tudo muda no momento em que faz um mau lançamento e acerta, sem querer, no amigo e companheiro de quarto, Owen. A partir daí, aquilo que para ele é natural, deixa de o ser. Cada vez que vai lançar a bola para a primeira base, pensa e repensa a jogada inúmeras vezes na sua cabeça e, como é óbvio, falha. A equipa que depositava nele a confiança de finalmente ganhar um campeonato, tem agora que o tentar sozinha. 
Henry entra numa espiral negativa, envolvendo-se com a namorada do mentor de sempre, Mike, e afastando os amigos. Sempre na procura de sair da melancolia. Será um acontecimento no campus universitário que vai voltar a unir os amigos, mostrando a Henry que há algo mais importante na vida. 
Ler sobre basebol não é a mesma coisa que ver basebol. Para aqueles que não conhecem o desporto, não se preocupem que este é apenas uma desculpa para falar de amor, amizade, família... E este é um livro que vale mesmo a pena ler. Em relação ao basebol: Go Tigers!

07 agosto 2012

Antes de começar... (96)


Livro: A Arte de Viver à Defesa
Autor: Chad Harbach
Editora: Civilização Editora
Ano: 2012

"Um romance maravilhoso e inspirador de uma nova grande voz americana.
O tímido Henry Skrimshander, recém-chegado à faculdade, sente-se um pouco perdido, apesar do seu talento para o basebol que raia o genial. Por vezes, parece que os seus únicos amigos são o enorme Mike Schwartz, que luta para desenvolver o talento dos outros à custa do seu próprio talento, e Owen, o inteligente e carismático companheiro de quarto de Henry, que guarda um segredo que pode pôr em risco o seu brilhante percurso universitário.
Pella, a filha de 21 anos do presidente da faculdade, regressa a casa após um casamento falhado, determinada a reorganizar a sua vida. E descobre que o pai, um solteirão inveterado, está perdidamente apaixonado.
Até que, num dia fatídico, Henry comete um erro: faz um mau lançamento. E tudo muda…
Escrito com enorme inteligência e cheio da ternura da juventude, A Arte de Viver à Defesa é um romance expansivo e afetuoso sobre a ambição e os seus limites, sobre a família, a amizade e o amor, e sobre o compromisso - connosco e com os outros."

06 agosto 2012

TRILOGIA FIFTY SHADES, E L James



Literatura erótica, Vintage
Antes de mais, resolvi juntar a "crítica" dos três livros no mesmo saco, porque para mim não faz sentido separá-los. A trilogia foi a sensação do verão e apesar de não ter o hábito de ler aquilo que todos estão a ler (só li O Perfume, de Patrick Süskind, anos depois da moda passar e já tinha lido a trilogia do Senhor dos Anéis muito antes da moda começar), desta vez não resisti à tentação. 
É que na conversa com colegas, mostraram-se incrédulos por saber que uma mulher podia escrever uma história sobre sexo e submissão. E da maneira que falavam, parecia algo escabroso. Quis perceber o que é que chocava tanta gente. Devo então dizer que não fiquei nada chocada. Já li coisas muito piores (e sim, estou a falar das cenas de sexo). 
A história já toda a gente sabe. Anastasia, uma jovem estudante, virgem, cai nas boas graças do misterioso milionário Christian Grey e acaba por se envolver com ele. Sim, a relação envolve chicotes, máscaras, algemas e alguma dor, mas vamos lá ver, não estamos propriamente a falar de violência doméstica... Grey não é o marido que chega a casa e bate na mulher porque ela não tem a comida na mesa ou o Benfica perdeu (eu sei que estou a falar de clichés e o problema é muito mais sério do que isto, mas estou apenas a levar ao ridículo). 
Grey é um homem que aparentemente transpira sexo de todos os poros, não descura  o prazer das mulheres e deixa logo claro aquilo que procura. E o contrato que pede para Anastasia assinar (o que ela na realidade nunca faz) até não parece assim tão mau (para quem gosta disso, leia-se) - afinal não envolve sangue nem terceiras pessoas. Além disso, na primeira vez que ele lhe bate à séria, ela afasta-se dele (é assim que acaba o primeiro livro). Como há mais dois, já sabemos que a coisa não fica por aí. No segundo, Anastasia terá de lidar com a anterior submissa de Grey e no terceiro com algo mais do seu passado. 
No final, o amor por Anastasia torna Grey num homem diferente - apesar de manter a "red room of pleasure", mas afinal ela também gosta dessas coisas. Ela consegue mudá-lo e é isso que todas as mulheres querem fazer aos namorados/maridos/amantes. Para mim, esse é o segredo do sucesso deste livro. Porque se até uma jovem virgem consegue mudar o "tarado" e poderoso Grey, então há esperança para todas... 
De resto, dizem que E L James é uma Corin Tellado numa versão britânica. Nunca li nenhum livro desse grande exemplo do romance erótico, mas no final, sexo é sexo, independentemente dos acessórios usados. E hoje em dia, cada vez mais banalizado graças à televisão e à Internet. Além disso, não há muitas formas de o descrever. Dito isto, li os livros em inglês e, parecendo que não, estamos mais habituados a este tipo de linguagem em inglês. Não faço a mínima ideia como ficou a tradução em português. Espero que não tenha ficado pindérica. 

16 julho 2012

Antes de começar... (95)


Trilogia: Fifty Shades
Autora: E L James
Editora: Vintage
Ano: 2012

1- Fifty Shades of Grey

"When literature student Anastasia Steele goes to interview young entrepreneur Christian Grey, she encounters a man who is beautiful, brilliant, and intimidating. The unworldly, innocent Ana is startled to realize she wants this man and, despite his enigmatic reserve, finds she is desperate to get close to him. Unable to resist Ana’s quiet beauty, wit, and independent spirit, Grey admits he wants her, too - but on his own terms.
Shocked yet thrilled by Grey’s singular erotic tastes, Ana hesitates. For all the trappings of success - his multinational businesses, his vast wealth, his loving family - Grey is a man tormented by demons and consumed by the need to control. When the couple embarks on a daring, passionately physical affair, Ana discovers Christian Grey’s secrets and explores her own dark desires. 
Erotic, amusing, and deeply moving, the Fifty Shades Trilogy is a tale that will obsess you, possess you, and stay with you forever. 
This book is intended for mature audiences." 

2- Fifty Shades Darker

"Daunted by the singular tastes and dark secrets of the beautiful, tormented young entrepreneur Christian Grey, Anastasia Steele has broken off their relationship to start a new career with a Seattle publishing house. 
But desire for Christian still dominates her every waking thought, and when he proposes a new arrangement, Anastasia cannot resist. They rekindle their searing sensual affair, and Anastasia learns more about the harrowing past of her damaged, driven and demanding Fifty Shades. 
While Christian wrestles with his inner demons, Anastasia must confront the anger and envy of the women who came before her, and make the most important decision of her life. 
This book is intended for mature audiences." 

3- Fifty Shades Freed

"When unworldly student Anastasia Steele first encountered the driven and dazzling young entrepreneur Christian Grey it sparked a sensual affair that changed both of their lives irrevocably. Shocked, intrigued, and, ultimately, repelled by Christian’s singular erotic tastes, Ana demands a deeper commitment. Determined to keep her, Christian agrees.
Now, Ana and Christian have it all - love, passion, intimacy, wealth, and a world of possibilities for their future. But Ana knows that loving her Fifty Shades will not be easy, and that being together will pose challenges that neither of them would anticipate. Ana must somehow learn to share Christian’s opulent lifestyle without sacrificing her own identity. And Christian must overcome his compulsion to control as he wrestles with the demons of a tormented past.
Just when it seems that their strength together will eclipse any obstacle, misfortune, malice, and fate conspire to make Ana’s deepest fears turn to reality.
This book is intended for mature audiences."

15 julho 2012

A CURVA DO RIO, V.S. Naipaul


Romance, Quetzal
Salim é um muçulmano de origem indiana destinado a continuar a tradição da família, que vive na costa africana. Mas deseja mais e parte à aventura, comprando uma pequena mercearia no interior do continente. Numa localidade onde ainda estão presentes as ruínas do domínio europeu, mas que parece ter ultrapassado  os dias da guerra civil e começa a prosperar. Contudo, aos poucos, os fantasmas do passado regressam, com a chegada ao poder do novo presidente e a sua visão para uma nova África. Uma altura em que os negros começam a contar as mesmas mentiras que os brancos, como escreve Naipaul. O resultado não é positivo. 
Este livro foi publicado em 1979 e aborda a história da África de então. Eu nasci depois e tenho dificuldade em me identificar com este tipo de história. Não consigo identificar o Zaire (actual República Democrática do Congo) como o país não identificado pelo autor, nem Mobutu no presidente que fala (segundo algumas críticas que li, é de ambos que se trata). A escrita de V.S. Naipaul, que venceu o Nobel da Literatura em 2001, é irrepreensível e mantém-nos agarrados do início ao fim. Contudo, para mim é muito importante conseguir imaginar o ambiente do que estou a ler e confesso ter dificuldade em fazê-lo se não me conseguir identificar com os personagens. 

01 julho 2012

Antes de começar... (94)


Livro: A Curva do Rio
Autor: V.S. Naipaul
Editora: Quetzal
Ano: 2011

"Situada num país africano sem nome, a história é narrada por Salim, um jovem adulto filho de comerciantes indianos há muito estabelecidos naquele bocado de costa. Ele acredita que o mundo é o que é e que quem não consegue ser alguém não pode ter lugar nele. Assim, decide abandonar a faixa costeira e torna-se dono da sua própria loja numa pequena cidade em crescimento, no interior mais remoto do continente. Este lugar, esta «curva do rio», porém, é um microcosmo da África pós-colonial no momento da sua independência: um  cenário de caos, mudança, violência, guerras tribais, ignorância, isolamento e pobreza. 
Desta paisagem riquíssima, emerge uma das obras mais poderosas de V.S. Naipaul, A Curva do Rio - uma emocionante história de sublevação e desmoronamento social."

30 junho 2012

OS ESPAÇOS EM BRANCO, Samantha Harvey


Romance, Bertrand Editora
Não há nada mais importante que a memória e nada pior do que a perder. A ideia de que não somos capazes de nos lembrar de quem é aquela pessoa que nos trata com tanta familiaridade ou simplesmente de quem somos ou fomos na vida é para mim muito assustadora. Daí que este livro não tenha sido fácil de ler. 
Jake tem 65 anos e tem Alzheimer. A sua vida está reduzida a um conjunto de memórias espalhadas, que não consegue situar no tempo ou até mesmo perceber se terão acontecido. O livro acaba por ser um puzzle, devido à necessidade do próprio leitor se aperceber do que é verdadeiro e do que é falso. Como é que afinal morreu a sua mulher? Onde está a filha? Terá tido uma amante? Um vestido amarelo, uma cerejeira e um molho de cartas de amor são o fio condutor destas memórias que teimam em repetir-se. Mas no final, uma dúvida. Qual destas memórias é a verdadeira e poderemos confiar nela?

18 junho 2012

Antes de começar... (93)


Livro:
Os Espaços em Branco
Autor: Samantha Harvey
Editora: Bertrand Editora
Ano: Fevereiro de 2010

"É o dia de aniversário de Jake e ele sobrevoa uma paisagem familiar: que o viu crescer, casar-se, onde trabalhou. Mas já não é o mesmo homem: a mulher morreu, tem o filho na prisão e está prestes a perder o seu passado. 
Jake sofre de Alzheimer. 
À medida que a doença vai avançando, ele esforça-se por manter presente a sua história, as suas memórias e identidade, mas elas escapam-lhe e deixam de ser credíveis. O que aconteceu à sua filha? Está viva ou morreu há muito? E porque foi o filho preso? O que correu assim tão mal na sua vida? Houve em tempos uma cerejeira e um vestido amarelo, mas o que significam exactamente?
Ajudado por Eleanor, uma amiga de infância com quem, por alguma razão desconhecida, ele agora dorme, Jake tenta resistir à inevitabilidade do esquecimento, mas os principais acontecimentos da sua vida estão sempre a mudar e aquilo que até recentemente parecia sólido funde-se em sonhos surreais ou cenários de pesadelos. 
Poderá ainda salvar alguma coisa da destruição? A beleza, talvez, a memória do amor, ou absolutamente nada?"

17 junho 2012

THERE GOES THE BRIDE, Holly McQueen



Romance, Arrow Books

Finalmente um viveram felizes para sempre à séria... isto é, vezes três! Não importa o quanto a vossa vida é miserável e parece sem futuro. Em breve aparecerá o homem dos vossos sonhos! Pelo menos se forem personagens de ficção... É assim com Bella, cujo namorado se preocupa mais com o Manchester United do que com ela. É assim com Grace, que casou nova com um homem mais velho e agora vai perceber o que perdeu (porque é que não pode haver um Saad Amar para todas?). E é assim com Polly, cujos segredos do passado não são assim tão escandalosos. É 'chick lit', como dizem em inglês, que não desilude.

12 junho 2012

Antes de começar... (92)


Livro:
There goes the bride
Autor: Holly McQueen
Editora: Arrow Books
Ano: 2011

"Polly Atkins is getting married. 
And her older sister Bella couldn't be more excited. Not only will Polly be home after five years in New York, but she's coming back to marry Dev, the most perfect man on the planet. 
Polly's best friend Grace is just as thrilled. She can't wait to walk down the aisle behind her childhood ally, especially as the stylish Polly wouldn't dream of dressing her bridesmaids in anything but the best. 
The only person who doesn't seem to be bursting with enthusiasm is Polly. Which is why, to everyone's surprise, she calls the whole thing off.
But she's reckoned without Grace and Bella, who are determined to get Polly and Dev back together. After all, solving someone else's problems has got to be better than dealing with their own."

11 junho 2012

PAIXÕES SECRETAS, Anna Godbersen


Romance, Editorial Presença

Eu sei... quem me manda começar a ler um livro que é o terceiro da série, não é? Pois, o problema não é ser o terceiro da série. Acho que a autora consegue mostrar muito bem o que perdemos nos dois primeiros livros (claro que não me importava de os ter lido antes). O problema é que depois deste há mais um (pelo menos) e as histórias não têm fim... Isto é, não há um "viveram felizes para sempre" nem nada que se pareça. Podia ser daquele género de livros que, apesar de serem uma série, temos a conclusão da história de pelo menos um casal em cada um deles. Este não é. Fica tudo em suspenso. Dito isto, como é óbvio ficou a saber a pouco. Não é que tenha adorado o livro... Acho que descreve bem a época (pelo menos é credível). Mas simplesmente tenho curiosidade em saber o que acontece depois! Bem, fico à espera que me passe pelas mãos o quarto livro um dia destes (acho que ainda não foi editado em Portugal).

05 junho 2012

Antes de começar... (91)


Livro:
Paixões Secretas
Autor: Anna Godbersen
Editora: Editorial Presença
Colecção: Princesas de Nova Iorque
Ano: Agosto de 2011

"Este terceiro volume da série Princesas de Nova Iorque tem início dois meses após o emocionante regresso de Elizabeth Holland. Manhattan espera ansiosamente que ela retome o seu lugar nos píncaros da vida social. Contudo, Elizabeth tem outros planos e recusa-se a retomar o seu lugar ao lado da irmã, Diana, começando a levantar dúvidas sobre o que se passará por detrás da mansão da família Holland. Entretanto, Henry e Penelope são agora o casal sobre o qual convergem todas as atenções, mas apesar do brilho do anel de diamantes no dedo de Penelope, os recém-casados pouco mais partilham além de um mútuo desprezo. Caroline Brand, a ambiciosa amiga de Penelope, é agora a rica herdeira na mira da imprensa. Na verdade, para Caroline nada está garantido, sobretudo desde que alguém anda a passar certas informações aos sequiosos jornalistas... E assim se vai desenrolando a vida das classes altas na Nova Iorque em finais do século XIX, as faustosas aparências escondendo segredos inconfessáveis, amores proibidos, invejas e traições... Anna Godbersen faz uma admirável reconstituição da época e cativa os leitores numa trama onde os amores podem nem sempre ter um final feliz mas a que não falta a sagaz perspectiva do humor."

04 junho 2012

VÍCIO INTRÍNSECO, Thomas Pynchon


Policial, Bertrand Editora

Nunca fumei nada, por isso não faço a mínima ideia se as cenas de Thomas Pynchon estão ou não corretas. Mas alguns dos diálogos das personagens que já fumaram mais na vida do que deviam são hilariantes, de tão ridículos. Dito isto, se calhar precisava de ter lido o livro depois de ter fumado alguma coisa... talvez tivesse gostado. A verdade é que o enredo se foi adensando, com a introdução de cada vez mais personagens (que às tantas já não percebia se eram fruto da imaginação de Doc ou não) e as coisas foram ficando confusas. Só sei que os anos sessenta na Califórnia eram uma loucura: muito hippie, muito surf, muitas drogas. Se essa é a vossa onda, não percam este livro. Só mais uma coisa: adorei a capa com as cores psicadélicas. 

21 maio 2012

Antes de começar... (90)


Livro:
Vício Intrínseco
Autor: Thomas Pynchon
Editora: Bertrand Editora
Ano: 2010

"Em parte noir, em parte farsa psicadélica, protagonizado por Doc Sportello, detective privado, que de vez em quando se ergue de uma névoa de marijuana para assistir ao fim de uma era. 
Há já algum tempo que Doc Sportello não vê a ex-namorada. Mas um dia ela aparece com uma história acerca de um plano para raptar o milionário por quem por acaso se apaixonou. Esta ponta solta dos anos sessenta em Los Angeles é o mote para o livro, mas Doc sabe que o «amor» não passa de mais uma palavra que anda na moda, como trip ou «curte». Mais um livro inesquecível de um dos escritores mais influentes da actualidade."


20 maio 2012

LOUCA POR COMPRAS E A IRMÃ, Sophie Kinsella


Romance, Livros d'Hoje

Eu pensava que tinha visto o primeiro filme, mas afinal calhou só o ver quando estava a meio do livro. E a verdade é que este tipo de história funciona muito melhor no ecrã. Sim, ri-me nas partes cómicas, mas ri-me mais a ver o primeiro filme (que tem pouco a ver com o livro, pelo que li neste). Ao ser um livro "levezinho" (não de páginas, que tem 400, mais uma vez com um alto desperdício de papel por causa das enormes margens) devia ler-se de uma ponta à outra num instante, não devia dar vontade de o pôr de lado. E isso não aconteceu. A história está toda na sinopse e para quem viu o primeiro filme e conhece a personagem de Becky, já está mesmo a imaginar o que poderá acontecer. Mas a minha recomendação é simples: esperem pelo segundo filme, aposto que não demora muito. MEDO: acabei de descobrir que este é o quarto livro da série Shopaholic e que ainda há mais outro Shopaholic and Baby. Sophie Kinsella, adorei Uma Rapariga dos Anos 20. Deixa a Becky em paz e dedica-te a outras personagens!

06 maio 2012

Antes de começar... (89)


Livro:
Louca por Compras e a Irmã
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Livros d'Hoje
Ano: Abril de 2009

"Becky pensou que estar casada com Luke Bra$ndon seria como uma grande «caixa de felicidade» comprada na Tiffany. Mas, na verdade, nem tudo era tão maravilhoso como ela imaginava. 
Os problemas começaram na lua-de-mel quando Becky contou a Luke uma minúscula mentira sobre uma pequeníssima compra que tinha feito. Agora tem um orçamento restrito, não tem emprego e, pior ainda, a sua adorada Suze tem uma nova amiga. Depois recebe uma notícia surpreendente: tem uma irmã!
Becky ficou mais excitada que nunca. Finalmente, uma irmã de verdade!
Imaginava que deviam ter imensa coisa em comum! Podiam ir juntas às compras... Escolher sapatos as duas... Ir à manicura juntas...
Até que a conhece e leva o maior choque da sua vida.
Não pode ser verdade! É impossível que a irmã de Becky Bloomwood não goste de... ir às compras!"

05 maio 2012

DARLING JIM, Christian Moerk


Thriller, Editorial Presença

A sinopse prometia tanta coisa (de suspense romântico a contos de fadas, passando por mistério popular) que até tinha medo de começar a ler este livro. Não por causa do eventual terror (também lá estava indicado na sinopse), mas porque me parecia uma grande confusão. Senhores das editoras, editem. É que no final, não tinha nada a temer deste livro que está muito bem escrito e que mais não é do que uma história, dentro de uma história, dentro de uma história. Ou seja, o livro fala de um crime mórbido e de um carteiro que recebe o diário de uma das vítimas. E nesse diário, há uma personagem a contar uma história. Percebem? Temos a história do crime, a história da vítima e a história dentro do diário. E queremos saber o fim de todas. Daí que este livro nos agarre do início ao fim. Só uma nota final para o próprio autor: que título  é este? Não é muito imaginativo e, quanto a mim, não funciona. E os portugueses que têm a mania de traduzir todos os títulos mal, bem podiam ter pensado nalguma coisa mais interessante que funcionasse na língua de Camões. Mas abstraiam-se de tudo, porque vale a pena ler.

22 abril 2012

Antes de começar... (88)


Livro: Darling Jim
Autor: Christian Moerk
Editora: Editoral Presença

Ano: Outubro de 2011

"Darling Jim é um romance de estreia soberbo, que entretece com mestria thriller psicológico, suspense romântico,  mistério policial, terror, lendas de cariz popular e contos de fadas e sobrenaturais num enredo coeso e fascinante. Tudo começa com o aparecimento dos cadáveres de duas irmãs e da tia de ambas, brutalmente assassinadas numa casa de Malahide, uma pequena cidade a norte de Dublin. O mistério que envolve a sinistra descoberta parece ser insolúvel, mas quando Niall, um jovem carteiro, descobre por acaso o diário de uma das irmãs, decide fazer uma investigação por conta própria e a verdade começa a vir à luz do dia. Uma história de amor trágica e malévola e um bardo dos tempos modernos, diabolicamente sedutor, parecem ter estado na origem dos crimes, mas o tempo revelará contornos ainda mais cruéis. Malicioso e irresistível, um romance que nos fala dos perigos insuspeitados de nos apaixonarmos pela pessoa errada."


21 abril 2012

O LIVRO DO AMANHÃ, Cecelia Ahern


Romance, Editorial Presença

Cecelia Ahern tem nas suas mãos uma boa história, mas não consegue cativar. Não tem um estilo que consiga manter o suspense, de forma a impedir que pousemos o livro. A acção arrasta-se ao longo das páginas, à medida que a jovem Tamara se vai apercebendo de que a sua família está envolta num grande segredo. Mas basicamente o livro é um árduo caminho até à verdade. Um caminho que não precisava de ser tão árduo, bastava literalmente perguntar... Além disso, não há nenhuma explicação sobre a origem do misterioso diário que chega às suas mãos. Se a história é centrada no livro, porque não explicar mais sobre ele? Fraquinho.

01 abril 2012

Antes de começar... (87)


Livro: O Livro do Amanhã
Autor: Cecelia Ahern
Editora: Editoral Presença
Ano: Outubro de 2011

"Tamara Goodwin tem dezasseis anos e vive confortavelmente numa mansão moderna com seis quartos, habituada a ter tudo o que quer quando quer. Mas, quando o pai morre deixando inúmeras dívidas, Tamara e a mãe não têm outra alternativa senão vender tudo e ir viver com parentes para um lugar distante e isolado junto ao castelo de Kilsaney. Para Tamara o choque parece inultrapassável, até que um dia uma biblioteca itinerante chega à vila trazendo consigo um misterioso livro encadernado a couro e fechado com um cadeado dourado. O que a jovem descobre entre as páginas está prestes a mudar toda a sua percepção do presente... Com mais de um milhão de exemplares vendidos em quinze países, O Livro do Amanhã é o novo romance da autora de P.S. - Eu Amo-te."

31 março 2012

A FIRMA, Martina Cole


Romance, Civilização Editora
Este é um livro sobre o mundo do crime no East End, de Londres, desde a década de 1970 até aos nossos dias. Uma história de drogas e prostituição centrada nas mulheres, que também tinham algo a dizer sobre a criminalidade. Acompanhamos a história de Imelda, uma mulher que só tem sentimentos pela droga que consome e que vai estragando a vida de todos à sua volta, desde a mãe até aos filhos. São três gerações de uma família que tem no crime a sua forma de sustento. Achei o livro um pouco repetitivo, na forma como repete que Imelda não sente remorsos, não sente nada por ninguém, que só se preocupa consigo e com arranjar dinheiro para a próxima dose. E como ao contrário da ideia que temos de uma drogada, consegue manter-se com um aspeto jovem, não acabado. 

01 março 2012

Antes de começar... (86)


Livro: A Firma
Autor: Martina Cole
Editora: Civilização Editora
Ano: Março de 2010

"Passado no East End de Londres, dos finais dos anos 70 até ao presente, A Firma fala de drogas, de prostituição e da luta de uma jovem pela sobrevivência - contra tudo e contra todos.
Imelda Dooley está assustada - está grávida e agora está sozinha. O pai, um homem perigoso, certificar-se-à de que alguém paga por isso. Por isso Imelda conta uma mentira que, literalmente, causa algumas mortes.
Quando o marido é morto Mary, mãe de Imelda, sabe que tem de se esforçar por manter a família de pé. E é isso que faz, e torna-se num nome importante. Mas, mesmo assim, tem de ver a vida da filha cair num ciclo vicioso e abominável de drogas e prostituição."

29 fevereiro 2012

FIDEL & CHE - UMA AMIZADE REVOLUCIONÁRIA, Simon Reid-Henry


Biografia, Casa das Letras
Este é um excelente documento para acompanhar o percurso de duas das mais importantes figuras do século XXI, quer para aqueles que desconhecem por completo a história de Fidel Castro e Che Guevara, quer para os mais conhecedoras da vida de ambos. O autor, um professor universitário que é presença habitual nas colunas de alguns jornais britânicos, estreia-se com um livro bem conseguido, que acompanha passo a passo, com diversas fontes (que são citadas até à exaustão), o percurso destas duas personagens. Um percurso desde a infância até à morte de Che, em 1967, abordando Simon Reid-Henry no capítulo final a forma como o médico argentino é transformado em ícone. Talvez só faltasse um pouco mais de informação sobre os primeiros anos após a revolução de 1959, marcados por Che à frente das execuções de opositores em La Cabaña e por Fidel a assumir o poder de forma total. No final, esta biografia paralela acaba por ser o relato de uma amizade de apenas 12 anos que marcou a história não só de Cuba, mas também do mundo.

08 fevereiro 2012

Antes de começar... (85)


Livro: Fidel & Che - Uma Amizade Revolucionária
Autor: Simon Reid-Henry
Editora: Casa das Letras
Ano: Fevereiro de 2009

"Fidel & Che - Uma Amizade Revolucionária é a história do filho de um camponês, estudioso e rebelde - Fidel Castro - e da sua amizade com o médico Enesto (Che) Guevara. Ainda muito jovens, e ambos no exílio, encontraram-se na Cidade do México, em 1955. Em 1967 Che Guevara foi morto. Ao longo dos seus doze anos de amizade tornaram-se duas das figuras mais incontornáveis do século XX.
O livro segue Fidel e Che desde a sua dramática jornada política no México, à guerra nas montanhas cubanas, até ao ponto alto da Guerra Fria. O autor baseia-se em pesquisas de arquivos em Havana, Washington, Moscovo, Miami, Princeton, Boston, Londres, Berlim, e também em entrevistas com alguns dos maiores protagonistas nesta história. Traz uma nova série de fontes que contam pela primeira vez, e em toda a sua extensão, a história de uma das mais notáveis amizades do século XX.
Simon Reid-Henry leva-nos até ao coração de Fidel e Che, um relacionamento inigualável que começou como uma associação política e se tornou na mais profunda amizade das suas vidas. É a história de dois homens que partilham de um sonho comum, que se tornaram amigos, irmãos e camaradas de armas e que, finalmente, iriam fazer uma escolha épica entre a sua amizade e as suas crenças."

07 fevereiro 2012

A FILHA DO PIRATA, Margaret Cezair-Thompson


Romance, Casa das Letras
Se vamos romancear a história de uma pessoa famosa, porque é que não inventamos simplesmente essa personagem do início e, no final, dizemos em quem foi baseada? Pois é, chateia-me um bocadinho que a personagem leve o nome de Errol Flynn quando a única coisa que tem em comum é ser actor, ter vivido em Port Antonio, na Jamaica, e ter uma queda para gostar de menores. Porque é que a personagem não podia ser um famoso actor que vai viver para a Jamaica e se apaixona por uma menor e chamar-se Adalberto! Eu gostei do livro, mas nunca gostei da forma como se pegam em personagem reais para as romancear. Já devia ter aprendido a deixar estes livros de lado, mas acho sempre que me podem surpreender. E o ridículo é que teria gostado mais desta história com o Adalberto em vez do Errol Flynn! O livro acompanha duas gerações de mulheres jamaicanas, conseguindo mostrar-nos um pouco da ilha e do seu turbulento caminho para a independência. Para quem não tem problemas com o romancear de personagens verídicas, estou certa que vai gostar. Eu é que sou esquisita...

24 janeiro 2012

Antes de começar... (84)


Livro: A Filha do Pirata
Autor: Margaret Cezair-Thompson
Editora: Casa das Letras
Ano: Abril de 2010

"Jamaica, 1946. Errol Flynn dá à costa da ilha na sua escuna Zaca, destruída por uma tempestade. Ida Joseph, a filha adolescente de um juiz de paz de Port Antonio, fica intrigada ao saber que «O Homem Mais Belo do Mundo» está na ilha e decide fazer tudo para o conhecer. Para o cansado espadachim, a Jamaica é um paraíso tropical que proporciona o travo da aventura e a promessa da salvação pessoal: uma frescura que Ida, que não está abalada pela sua celebridade, parece partilhar. Em breve, Flynn constrói um lar para si em Navy Island, onde recebe a nata de Hollywood - e Ida entrega o coração a este carismático homem mais velho.
A filha de Ida, May, verá o seu famoso pai apenas uma vez. Abrangendo trinta anos da história da Jamaica, A Filha do Pirata é uma história de paixão e irresponsabilidade, de duas gerações de mulheres e das suas lutas pelo amor e a sobrevivência, de uma nação que se esforça por ficar à altura de uma independência arduamente conquistada. Margaret Cezair-Thompson deu forma a um romance que, simultaneamente, é provocador, refrescantemente original e tão fascinante como o mais rico tesouro de piratas."

23 janeiro 2012

TERAPIA DE CHOQUE, Sebastian Fitzek


Thriller psicológico, Gótica
Em qualquer policial, a tendência é para tentar descobrir o mais rápido possível quem é o assassino ou quem está por detrás de determinado crime. Aqui, queremos tentar adivinhar o que se passou com Josy, a filha de Viktor, mas também quem é afinal Anna. Mas, quando achamos que sabemos a resposta, o autor dá-nos a volta à cabeça e troca-nos os passos todos. E isso é altamente irritante. Tal como é irritante acabar cada capítulo (que têm normalmente entre três e cinco páginas) com algo do género: "o que ela lhe disse a seguir era ainda pior" ou "nada o podia preparar para o que estava à porta". Estão a ver, não é? É daqueles livros que, se pudermos, não vamos largar.
Passei todo o livro a não saber se estava a gostar ou não. Tudo dependia do final (se houvesse algo do género "então acordou e viu que tinha sonhado tudo" ia-me passar). Felizmente não é esse o fim e, apesar de uma pequena incongruência (gostaria de falar dela, mas ia estragar tudo para os outros), o enredo está bem pensado. A escrita de Fitzek não é nada de espectacular, mas a história é boa.
Uma última coisa para dizer que já estou farta de livros de "Maddies". Será que a próxima criança a desaparecer na ficção não pode ser um rapaz? Eu sei que uma menina é mais emotivo, mas estou mesmo a ficar farta...

18 janeiro 2012

Antes de começar... (83)


Livro: Terapia de Choque
Autor: Sebastian Fitzek
Editora: Gótica
Ano: Abril de 2007

"Josy, a filha de doze anos do famoso psiquiatra Viktor Larenz, desaparece em circunstâncias que permanecem um mistério e o seu destino é uma incógnita... Viktor vê o seu mundo a desabar e refugia-se na casa de férias, na remota ilha de Parkum, no mar do Norte.
Quatro anos mais tarde, Anna, uma bela desconhecida, autora de livros para crianças, procura-o em auxílio. É uma mulher atormentada por alucinações e pesadelos, nos quais surge continuamente uma menina que desapareceu sem deixar rasto, tal como Josy...
Viktor começa a fazer terapia a Anna, que se vai transformando em dramáticas sessões de perguntas e respostas, onde a sua nova paciente vai revelando pormenores do desaparecimento de Josy que supostamente não devia saber...
Desenvolvimentos surpreendentes, de capítulo em capítulo, fazem de Terapia de Choque um thriller psicológico intenso, de cortar a respiração e impossível de largar até que se conheça o desenlace final."

17 janeiro 2012

A DECISÃO FINAL DO MAJOR PETTIGREW, Helen Simonson


Romance, Civilização Editora
ADOREI! Uma história de amor entre um casal de viúvos, ele nascido no Paquistão mas cem por cento britânico. Ela nascida no Reino Unido mas obrigada a submeter-se às leis da família paquistanesa. Tudo numa pequena vilazinha britânica com vizinhos pitorescos, cujo centro é o clube de golfe. O major, que acaba de perder o seu irmão, descobre que a sra. Ali partilha o seu gosto pela leitura e por Kipling. E de repente, a mulher que se habituara a ver na loja da vila, ganha outra dimensão. Paralelo à história de amor, tem que lidar com o filho (que é patético), com os problemas do sobrinho da sra. Ali e com os projectos loucos do lorde local que quer, com a ajuda de um americano, mudar a face da sua amada vila. É um relato brilhante, para nos lembrar de que o amor não tem idade.

10 janeiro 2012

Antes de começar... (82)


Livro: A Decisão Final do Major Pettigrew
Autor: Helen Simonson
Editora: Civilização Editora
Ano: Agosto de 2011

"O Major Ernest Pettigrew não está interessado nas frivolidades do mundo moderno. Desde a morte da mulher, Nancy, ele tenta evitar as coscuvilheiras da aldeia, o seu ganancioso filho e a cada vez mais evidente suburbanização do campo inglês, preferindo levar uma vida calma defendendo os valores tradicionais mantidos há várias gerações.
Porém, quando a morte do irmão desencadeia uma amizade inesperada com a Sr.ª Ali, uma viúva paquistanesa, dona da loja da aldeia, o Major é arrastado do seu mundo disciplinado e forçado a confrontar as realidades da vida no século XXI. Unidos pelo amor à literatura e pela perda dos respetivos cônjuges, o Major e a Sr.ª Ali cedo descobrem que a sua amizade se está a transformar em algo mais profundo. Mas, embora o Major tenha nascido em Lahore e a Sr.ª Ali em Cambridge, a sociedade da aldeia insiste em considerá-lo um verdadeiro inglês e a ela como uma permanente estrangeira. O Major sempre teve um orgulho especial na sua aldeia, mas como irão os caóticos acontecimentos recentes afetar a sua relação com o local que ele considera o seu lar?
Escrito com uma perceção aguda e um encantador sentido de humor, este livro é uma história de amor enternecedora com um inesquecível elenco de personagens, e questiona o que cada um deve sacrificar da sua felicidade pessoal a favor das obrigações familiares e dos valores tradicionais."

09 janeiro 2012

DUAS IRMÃS, UM REI, Philippa Gregory


Romance, Civilização Editora
Antes de mais, só para dizer que não vi o filme e que odeio capas de livros que são tiradas de filmes. Dito isto, se o filme por acaso passar na TVI num sábado à tarde sou capaz de o ver, nem que seja pelo Eric Bana...
A corte de Henrique VIII não era claramente o melhor sítio para viver, a não ser que fossemos os reis da intriga, da mentira, dos esquemas. Só importava uma coisa, ficar nas boas graças do rei e conseguir mais privilégios que os "vizinhos" do lado. O final da história de Ana Bolena é conhecido de todos: teve a garganta cortada. Mas na realidade este livro é sobre a outra Bolena (esse é mesmo o nome original). Maria era mais nova e foi a amante do rei, com quem teve dois filhos.
As duas irmãs não foram mais do que peões nas mãos da família, disposta a fazer qualquer coisa para subir na vida. Pelo menos segundo este livro. A verdade é que fico sempre de pé atrás com romances históricos, porque nunca sei onde começa a ficção.
Bom, fora o facto deste livro ter 640 páginas e pesar uma tonelada, lê-se muito bem. Apesar de ser um bocadinho repetitivo, especialmente o stress de cada uma das não sei quantas gravidezes para saber se, em primeiro lugar, vão até ao fim e, em segundo lugar, se o bebé é menino ou não... Uma mulher não era propriamente o que os ingleses queriam no trono.
Na minha estante está lá outro livro de Philippa Gregory, A Herança Bolena. Vou dar um tempo às intrigas dos Bolenas, mas qualquer dia pego nele.