25 outubro 2011

Antes de começar... (78)


Livro: Pensa num número
Autor: John Verdon
Editora: Porto Editora
Ano: Outubro de 2011

"Pelo correio chega uma série de cartas perturbadoras que terminam com uma declaração inquietante: «Pensa num número qualquer até mil, o primeiro que te vier à cabeça... Repara agora como eu conheço bem os teus segredos.» Estranhamente, aqueles que obedecem constatam que o remetente de tais cartas previu com precisão a sua escolha. Para Dave Gurney, um inspetor de homicídios recém-formado da Polícia de Nova Iorque e amigo de um dos alvos das missivas, o que primeiro lhe pareceu um caso estranho depressa se transforma num complicado quebra-cabeças que levará a uma investigação em grande escala na busca de um pérfido assassino em série.
Convidado como consultor pelo gabinete do procurador, em pouco tempo Gurney consegue alguns avanços na descoberta de pistas que a polícia local negligenciara. Ainda assim, diante de um adversário que parece ter o dom da clarividência e antecipar-se a todos os passos, vê os seus melhores esforços dissiparem-se como areia por entre os dedos. Terá encontrado, ao fim de vinte e cinco anos de carreira exemplar, um adversário capaz de o vencer?
Considerado pela crítica internacional uma obra-prima do suspense, Pensa num Número dá-nos a conhecer uma personagem fascinante, capaz de rivalizar com Sherlock Holmes ou Poirot."

24 outubro 2011

A MULHER DO TIGRE, Téa Obreht


Romance, Editorial Presença
No seu livro de estreia, Téa Obreht transporta-nos para a antiga Jugoslávia, pegando em memórias autobiográficas e juntando-as às histórias do folclore local. Era o seu avô, tal como o da personagem Natália, que andava para todo o lado com um exemplar d'O Livro da Selva, de Rudyard Kipling. A história parte de um acontecimento real, o bombardeamento nazi do jardim zoológico de Belgrado, a partir do qual o tigre da história escapa ao cativeiro e vai eventualmente dar à floresta que rodeia a aldeia do avô de Natália. A narrativa é interrompida pelos saltos para a actualidade, com Natália a tentar perceber a estranha morte do avô. Pelo meio, a fábula do homem sem morte. O livro ganhou o Prémio Orange em 2011 e eu consigo perceber porquê, apesar de me ter custado a ler. Não é por estar mal escrito ou ser desinteressante. Simplesmente porque não é um daqueles livros que dá para ler uns parágrafos entre uma paragem de metro e outra, deixar e voltar a pegar onde se parou. Requer mais tempo e mais concentração.

11 outubro 2011

Antes de começar... (77)


Livro: A Mulher do Tigre
Autor: Téa Obreht
Editora: Editorial Presença
Ano: 2011

"Natalia é uma jovem médica que está destacada numa missão de solidariedade a um orfanato quando recebe a notícia da morte do avô, ocorrida em circunstâncias pouco claras. Ao lembrar-se das histórias que ele lhe contava na infância, convence-se de que o avô passou os últimos dias de vida em busca de uma das suas personagens. Tenta então, a par da missão que lhe foi confiada, compreender as motivações do avô e depara-se com uma pista que a conduz à extraordinária história da mulher do tigre. Realidade e mito, presente e passado sucedem-se nesta evocação sublime dos Balcãs pela mão de uma exímia contadora de histórias."

10 outubro 2011

FALTA DE PROVAS, Harlan Coben


Thriller, Editorial Presença
Confesso que ando um bocadinho cansada do tema da pedofilia (acho que já tinha disto isto), mas como se tratava de Harlan Coben decidi arriscar. Este é um daqueles autores que nos conseguem agarrar do início ao fim, quando de repente viram a história toda de pernas para o ar. Neste caso, temos um homem que parece ser erradamente acusado de um crime mas acaba por ser inocentado pela justiça, mas não pela sociedade. A jornalista que desencadeou a perseguição acaba por descobrir que os antigos colegas de universidade do alegado pedófilo se encontram também em maus lençóis e decide investigar o caso, apesar das ameaças que começam também a pairar sobre ela. Coben apresenta-nos inúmeras personagens (às vezes até parece de mais) e envolve-nos numa trama que resolve, literalmente, na última página. Se são daquelas que pessoas que não resistem a espreitar o último parágrafo de um livro, arriscam-se a estragar toda a história. Não digam que não vos avisei.