24 outubro 2011

A MULHER DO TIGRE, Téa Obreht


Romance, Editorial Presença
No seu livro de estreia, Téa Obreht transporta-nos para a antiga Jugoslávia, pegando em memórias autobiográficas e juntando-as às histórias do folclore local. Era o seu avô, tal como o da personagem Natália, que andava para todo o lado com um exemplar d'O Livro da Selva, de Rudyard Kipling. A história parte de um acontecimento real, o bombardeamento nazi do jardim zoológico de Belgrado, a partir do qual o tigre da história escapa ao cativeiro e vai eventualmente dar à floresta que rodeia a aldeia do avô de Natália. A narrativa é interrompida pelos saltos para a actualidade, com Natália a tentar perceber a estranha morte do avô. Pelo meio, a fábula do homem sem morte. O livro ganhou o Prémio Orange em 2011 e eu consigo perceber porquê, apesar de me ter custado a ler. Não é por estar mal escrito ou ser desinteressante. Simplesmente porque não é um daqueles livros que dá para ler uns parágrafos entre uma paragem de metro e outra, deixar e voltar a pegar onde se parou. Requer mais tempo e mais concentração.

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