Jonathan Santlofer volta a pegar numa história e a contá-la não apenas através das palavras, mas também das imagens, tal como fez em "Anatomia do Medo". Desta vez, a personagem principal é Kate, que foi detective da polícia até casar e começar a fazer parte da elite de Nova Iorque. A arte é a sua paixão e é um dos seus quadros que o assassino de turno vai destruir num dos seus primeiros ataques. Kate envolve-se então na investigação para descobrir quem está a destruir os quadros dos pintores da chamada Escola de Nova Iorque - e a matar pelo caminho -, deixando pistas sobre o próximo crime numa tela a preto e branco. Imagens que Santlofer espalha pelas páginas do seu livro.
O autor norte-americano constrói mais uma vez uma história intrigante, mas onde nos embrenhamos com alguma dificuldade. A certa altura, são muitas personagens - vivas ou mortas - e "A Arte de Matar" não é propriamente o "Guerra e Paz". A bem da verdade, isso significa também que não fazia a mínima ideia quem era o assassino até duas páginas antes da personagem principal.
Aquilo que verdadeiramente me irritou foi passar todo o livro a ler sobre o marido de Kate (que foi assassinado) ou dos dois serial killers que ela prendeu no passado e ficar com a sensação de que o leitor devia conhecer essas histórias. Não me supreendi por isso ao descobrir aqui que este é o terceiro livro em que Santlofer usa as capacidades de investigação de Kate. Não acho mal que a editora tenha optado por traduzir só este, mas acho que podia haver uma nota quando se faz pela primeira vez referência a esses dois assassinos para deixar a indicação de que há outros dois livros.
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