20 novembro 2011

Antes de começar... (80)


Livro: A Valsa Lenta das Tartarugas
Autor: Katherine Pancol
Editora: A esfera dos livros
Ano: Abril de 2011

"A família Cortès está de volta. Joséphine é agora uma escritora de sucesso que deixa os subúrbios para se mudar para um requintado bairro de Paris. Apesar do mundo onde agora vive, mantém-se fiel a si própria e aos seus valores. Honesta, generosa, reservada. É uma mulher realizada, mas que ainda não encontrou o amor. A sua filha Hortense está a estudar moda em Londres e a filha mais nova, Zoé, começa a conhecer os desafios do coração. A sua irmã Íris, outrora perfeita e símbolo de sucesso, encontra-se agora no meio de uma profunda depressão.
Juntamos a tudo isto um assassino em série, que aterroriza o bairro onde a protagonista vive, e um cão demasiado feio, e temos os ingredientes para mais um bestseller de Katherine Pancol.
Um romance divertido e ao mesmo tempo negro, que fala do amor, de ser mãe, da amizade, da vida familiar, da adolescência, do trabalho, do mundo em que vivemos. Com mestria, cuidado e inteligência, ao longo destas páginas, vamos acompanhando o avançar obstinado e lento destas personagens, em busca dos seus sonhos, num mundo demasiado rápido e violento."

19 novembro 2011

A RAIZ DO ÓDIO, Anne Holt


Policial, Contraponto
Foi o primeiro livro que li de Anne Holt e sabia que estaria a começar pelo meio da série protagonizada pelo casal Vik/Stubø. Mas estas histórias são independentes e está bem explicado o background do casal. Em relação ao policial propriamente dito, foi complicado para mim agarrar-me às personagens. O livro está construído de forma a que nos vão sendo apresentadas várias personagens, aparantemente sem que nada as una, e depois vão-se descobrindo as ligações. Neste caso, estamos perante crimes de ódio relacionados com a homossexualidade. E, na realidade, o casal protagonista não está a investigar todos os crimes, acaba por estar envolvido num só. Como que por magia, os outros acabam por ser solucionados com a conclusão da investigação à morte da episcopisa e a revelação do seu segredo. Não posso dizer que tenha gostado (que me desculpem os fãs desta escritora norueguesa). Não vou correr para agarrar o próximo livro de Anne Holt, a não ser que tenha uma sinopse espectacular.

03 novembro 2011

Antes de começar... (79)


Livro: A Raiz do Ódio
Autor: Anne Holt
Editora: Contraponto
Ano: Novembro de 2011

"Oslo, numa fria tarde de dezembro. Uma criança descalça anda perdida pelas ruas. Está prestes a ser atropelada por um elétrico, quando, no último momento, é salva por um desconhecido que surge do nada. Pouco depois, sussurra à sua mãe, a criminalista Inger Johanne Vik, ainda mal refeita do susto: «A senhora estava morta…» A partir daí, Johanne e a sua família veem-se envolvidas na investigação de estranhos homicídios.
Em Bergen, é assassinada a episcopisa local e o marido de Johanne, o detetive Yngvar Adam Stubø, é chamado a fazer parte da investigação. Em Oslo, sucede-se uma série de mortes de natureza diversa.
Aparentemente, nenhum destes crimes tem ligação entre si, mas Johanne Vik acabará por descobrir que não é bem assim…
Esta nova investigação da série protagonizada pelo casal Vik/Stubø é um policial atual, assim como uma contundente crítica à intolerância."

02 novembro 2011

PENSA NUM NÚMERO, John Verdon


Thriller, Porto Editora
Há primeiros parágrafos que nos agarram imediatamente e depois há aqueles que falam de uma velhota que precisava de fazer xixi... Escusado será dizer que não é o mais atraente. O que vale é que o prólogo, em que nos é apresentado o assassino, tem pouco menos de uma página. A seguir caímos directamente na vida do detective reformado Dave Gurney, mas as coisas não melhoram.
A verdade é que a primeira parte do livro não me agarrou. Qual é a piada de um thriller ou de um policial sem um corpo? Mesmo com a história do número e do terror de imaginarmos que alguém nos conhece tão bem ao ponto de saber em que número estamos a pensar, estava sempre à espera do momento em que "não iria conseguir mais largar o livro", como uma das críticas afirmava. Isso aconteceu a partir da segunda parte, quando finalmente há um corpo para analisar ao melhor estilo CSI.
Depois, é claro, queremos saber como tudo aconteceu. Como é possível as pegadas na neve pararem no meio do nada, como se o assassino se tivesse simplesmente evaporado? É também aí que começa a funcionar a mente de Gurney, cuja intuição conta com a preciosa ajuda da mulher Madeleine. É ela que o ajuda nos momentos em que parece que as pistas não vão dar a lado nenhum, apesar de claramente não estar contente por ele voltar ao activo. No final, tudo tem explicação, que surge naturalmente - às vezes, nalguns casos, parece arrancada a ferros. Um bom thriller? Sim. O melhor que já li? Não.
E o Gurney não é um Sherlock Holmes ou um Poirot... Pode ter capacidades dedutivas espectaculares, mas é demasiado frágil pessoalmente, cheio de fantasmas do passado. E vê-se claramente que John Verdon (que se lembrou de escrever este Pensa num Número, o seu primeiro livro, já com mais de 60 anos) estava a planear continuar a desenvolver esses fantasmas num novo thriller. Daí que nos resta apenas perguntar: para quando a versão portuguesa de Shut Your Eyes Tight.