22 novembro 2010

Antes de começar... (43)


Livro:
White Jazz - Noites Brancas
Autor: James Ellroy
Editora: Editorial Presença
Ano: Julho de 2010

"Los Angeles, 1958. O FBI decide proceder a uma investigação para acabar com as lotarias clandestinas do pugilismo, ligadas ao crime organizado e às máfias que proliferam em toda a região do Sul da Califórnia. No entanto esta iniciativa é encarada como manobra política e forma de lançar suspeitas sobre o Los Angeles Police Department. O tenente Dave Klein, um polícia com um passado pouco recomendável, é destacado para investigar um assalto, mas envolve-se numa trama de interesses contraditórios e torna-se um possível alvo a abater no fogo cruzado entre os rivais, Dudley Smith, o polícia mais corrupto de Los Angeles, e Ed Exley, o chefe dos inspectores do Los Angeles Police Department. Klein terá de recorrer a todas as armas de que dispõe para se defender, num jogo que pouco tem de limpo. O seu percurso levá-lo-á aos clubes de jazz do Sul da cidade, onde se cruza com os ícones do be-boop, os amantes do white jazz, e tantas outras personagens do submundo do crime, habituais nos romances de Ellroy.

21 novembro 2010

HARRY POTTER AND THE DEATHLY HALLOWS, J.K. Rowling


Fantasia, Bloomsbury
O que é que eu posso dizer... é o Harry Potter. Podia acabar aqui e ir-me embora, porque estava tudo dito. Este livro é o sétimo de uma série que comecei a ler há mais de dez anos. Ouvia falar tão bem do primeiro, que o comprei. E a partir daí fiquei viciada, de tal forma que nos últimos livros já não esperei pela versão em português - o quê, metade do mundo já sabia o que acontecia e eu ficava à espera? Nem pensar. E depois de tanto tempo à espera, chegou o último em Julho de 2007. Como é obvio, devorei-o. De tal forma que, três anos depois, quando o filme estreou, já não me lembrava de metade das coisas. E assim que saí da sala do cinema (sim, porque isto de ser jornalista tem os seus privilégios, um deles chamado visionamento de imprensa), corri a ir resgatar o livro da prateleira. Voltei a lê-lo como se fosse a primeira vez e não me desiludi. Acho que J.K. Rowling fechou o círculo da melhor forma. Não deixou pontas soltas e foi com prazer que me voltei a despedir destas personagens. Agora só falta mais um filme e depois, quem sabe se daqui a outros dez anos, voltar a ler toda a série desde o início. Por enquanto, tenho que voltar à minha vida de Muggle.

13 novembro 2010

Antes de começar... (42)


Livro:
Harry Potter and the Deathly Halows
Autor: J.K. Rowling
Editora: Bloomsbury
Ano: 2007

"Harry is waiting in Privet Drive. The Order of the Phoenix is coming to escort him safety away without Voldemort and his supporters knowing - if they can. But what will Harry do then? How can he fulfil the momentous and seemingly impossible task that Professor Dumbledore has left him?"

09 novembro 2010

O NOVÍSSIMO TESTAMENTO, Mário Lúcio Sousa


Romance, D. Quixote
Tinha ouvido falar deste livro e, assim que tive oportunidade, deitei-lhe as mãos. Sabia por alto qual era a história, que me parecia muito divertida, mas nada mais. Pois bem, alguém me podia ter avisado que o autor não é fã dos pontos finais. E para não caírem no mesmo erro aí vai: não há um único ponto final em todo o livro - excepto na pequena biografia e na contracapa. Todos são substituídos por vírgulas. E peço desculpa, mas os pontos finais existem por uma boa razão: assinalar as pausas e facilitar a leitura. Especialmente quando, e é este o caso, a linguagem utilizada é de alguma complexidade, quando existe poesia naquilo que está escrito. Vamos lá ver uma coisa: havia necessidade de indicar todos os produtos à venda numa mercearia? Só com isso é quase uma página.
A minha parte favorita, confesso, é a lista de definições que começa em palerma ("aquela pessoa que pensa que não deve pensar") e termina em aluado ("aquele que pensa às vezes em crescente, às vezes em minguante"). Essas três páginas estão brilhantes, até porque me lembraram discussões passadas que nunca mais foram retomadas, mas o resto.... É um livro muito difícil de ler, temos de estar cem por cento focados e é muito fácil começarmos a pensar noutra coisa qualquer. E sinceramente, acho que a ideia é muito gira, mas acaba por se perder no meio de toda a poesia. Por isso, fiquei desiludida.