24 janeiro 2012

Antes de começar... (84)


Livro: A Filha do Pirata
Autor: Margaret Cezair-Thompson
Editora: Casa das Letras
Ano: Abril de 2010

"Jamaica, 1946. Errol Flynn dá à costa da ilha na sua escuna Zaca, destruída por uma tempestade. Ida Joseph, a filha adolescente de um juiz de paz de Port Antonio, fica intrigada ao saber que «O Homem Mais Belo do Mundo» está na ilha e decide fazer tudo para o conhecer. Para o cansado espadachim, a Jamaica é um paraíso tropical que proporciona o travo da aventura e a promessa da salvação pessoal: uma frescura que Ida, que não está abalada pela sua celebridade, parece partilhar. Em breve, Flynn constrói um lar para si em Navy Island, onde recebe a nata de Hollywood - e Ida entrega o coração a este carismático homem mais velho.
A filha de Ida, May, verá o seu famoso pai apenas uma vez. Abrangendo trinta anos da história da Jamaica, A Filha do Pirata é uma história de paixão e irresponsabilidade, de duas gerações de mulheres e das suas lutas pelo amor e a sobrevivência, de uma nação que se esforça por ficar à altura de uma independência arduamente conquistada. Margaret Cezair-Thompson deu forma a um romance que, simultaneamente, é provocador, refrescantemente original e tão fascinante como o mais rico tesouro de piratas."

23 janeiro 2012

TERAPIA DE CHOQUE, Sebastian Fitzek


Thriller psicológico, Gótica
Em qualquer policial, a tendência é para tentar descobrir o mais rápido possível quem é o assassino ou quem está por detrás de determinado crime. Aqui, queremos tentar adivinhar o que se passou com Josy, a filha de Viktor, mas também quem é afinal Anna. Mas, quando achamos que sabemos a resposta, o autor dá-nos a volta à cabeça e troca-nos os passos todos. E isso é altamente irritante. Tal como é irritante acabar cada capítulo (que têm normalmente entre três e cinco páginas) com algo do género: "o que ela lhe disse a seguir era ainda pior" ou "nada o podia preparar para o que estava à porta". Estão a ver, não é? É daqueles livros que, se pudermos, não vamos largar.
Passei todo o livro a não saber se estava a gostar ou não. Tudo dependia do final (se houvesse algo do género "então acordou e viu que tinha sonhado tudo" ia-me passar). Felizmente não é esse o fim e, apesar de uma pequena incongruência (gostaria de falar dela, mas ia estragar tudo para os outros), o enredo está bem pensado. A escrita de Fitzek não é nada de espectacular, mas a história é boa.
Uma última coisa para dizer que já estou farta de livros de "Maddies". Será que a próxima criança a desaparecer na ficção não pode ser um rapaz? Eu sei que uma menina é mais emotivo, mas estou mesmo a ficar farta...

18 janeiro 2012

Antes de começar... (83)


Livro: Terapia de Choque
Autor: Sebastian Fitzek
Editora: Gótica
Ano: Abril de 2007

"Josy, a filha de doze anos do famoso psiquiatra Viktor Larenz, desaparece em circunstâncias que permanecem um mistério e o seu destino é uma incógnita... Viktor vê o seu mundo a desabar e refugia-se na casa de férias, na remota ilha de Parkum, no mar do Norte.
Quatro anos mais tarde, Anna, uma bela desconhecida, autora de livros para crianças, procura-o em auxílio. É uma mulher atormentada por alucinações e pesadelos, nos quais surge continuamente uma menina que desapareceu sem deixar rasto, tal como Josy...
Viktor começa a fazer terapia a Anna, que se vai transformando em dramáticas sessões de perguntas e respostas, onde a sua nova paciente vai revelando pormenores do desaparecimento de Josy que supostamente não devia saber...
Desenvolvimentos surpreendentes, de capítulo em capítulo, fazem de Terapia de Choque um thriller psicológico intenso, de cortar a respiração e impossível de largar até que se conheça o desenlace final."

17 janeiro 2012

A DECISÃO FINAL DO MAJOR PETTIGREW, Helen Simonson


Romance, Civilização Editora
ADOREI! Uma história de amor entre um casal de viúvos, ele nascido no Paquistão mas cem por cento britânico. Ela nascida no Reino Unido mas obrigada a submeter-se às leis da família paquistanesa. Tudo numa pequena vilazinha britânica com vizinhos pitorescos, cujo centro é o clube de golfe. O major, que acaba de perder o seu irmão, descobre que a sra. Ali partilha o seu gosto pela leitura e por Kipling. E de repente, a mulher que se habituara a ver na loja da vila, ganha outra dimensão. Paralelo à história de amor, tem que lidar com o filho (que é patético), com os problemas do sobrinho da sra. Ali e com os projectos loucos do lorde local que quer, com a ajuda de um americano, mudar a face da sua amada vila. É um relato brilhante, para nos lembrar de que o amor não tem idade.

10 janeiro 2012

Antes de começar... (82)


Livro: A Decisão Final do Major Pettigrew
Autor: Helen Simonson
Editora: Civilização Editora
Ano: Agosto de 2011

"O Major Ernest Pettigrew não está interessado nas frivolidades do mundo moderno. Desde a morte da mulher, Nancy, ele tenta evitar as coscuvilheiras da aldeia, o seu ganancioso filho e a cada vez mais evidente suburbanização do campo inglês, preferindo levar uma vida calma defendendo os valores tradicionais mantidos há várias gerações.
Porém, quando a morte do irmão desencadeia uma amizade inesperada com a Sr.ª Ali, uma viúva paquistanesa, dona da loja da aldeia, o Major é arrastado do seu mundo disciplinado e forçado a confrontar as realidades da vida no século XXI. Unidos pelo amor à literatura e pela perda dos respetivos cônjuges, o Major e a Sr.ª Ali cedo descobrem que a sua amizade se está a transformar em algo mais profundo. Mas, embora o Major tenha nascido em Lahore e a Sr.ª Ali em Cambridge, a sociedade da aldeia insiste em considerá-lo um verdadeiro inglês e a ela como uma permanente estrangeira. O Major sempre teve um orgulho especial na sua aldeia, mas como irão os caóticos acontecimentos recentes afetar a sua relação com o local que ele considera o seu lar?
Escrito com uma perceção aguda e um encantador sentido de humor, este livro é uma história de amor enternecedora com um inesquecível elenco de personagens, e questiona o que cada um deve sacrificar da sua felicidade pessoal a favor das obrigações familiares e dos valores tradicionais."

09 janeiro 2012

DUAS IRMÃS, UM REI, Philippa Gregory


Romance, Civilização Editora
Antes de mais, só para dizer que não vi o filme e que odeio capas de livros que são tiradas de filmes. Dito isto, se o filme por acaso passar na TVI num sábado à tarde sou capaz de o ver, nem que seja pelo Eric Bana...
A corte de Henrique VIII não era claramente o melhor sítio para viver, a não ser que fossemos os reis da intriga, da mentira, dos esquemas. Só importava uma coisa, ficar nas boas graças do rei e conseguir mais privilégios que os "vizinhos" do lado. O final da história de Ana Bolena é conhecido de todos: teve a garganta cortada. Mas na realidade este livro é sobre a outra Bolena (esse é mesmo o nome original). Maria era mais nova e foi a amante do rei, com quem teve dois filhos.
As duas irmãs não foram mais do que peões nas mãos da família, disposta a fazer qualquer coisa para subir na vida. Pelo menos segundo este livro. A verdade é que fico sempre de pé atrás com romances históricos, porque nunca sei onde começa a ficção.
Bom, fora o facto deste livro ter 640 páginas e pesar uma tonelada, lê-se muito bem. Apesar de ser um bocadinho repetitivo, especialmente o stress de cada uma das não sei quantas gravidezes para saber se, em primeiro lugar, vão até ao fim e, em segundo lugar, se o bebé é menino ou não... Uma mulher não era propriamente o que os ingleses queriam no trono.
Na minha estante está lá outro livro de Philippa Gregory, A Herança Bolena. Vou dar um tempo às intrigas dos Bolenas, mas qualquer dia pego nele.