22 dezembro 2010

Antes de começar... (46)


Livro:
A cor do hibisco
Autor: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Asa
Ano: Julho de 2010

"Os limites do mundo da jovem Kambili são definidos pelos muros da luxuosa propriedade da família e pelas regras de um pai repressivo. O dia-a-dia é regulado por horários: rezar, dormir, estudar e rezar ainda mais. A sua vida é privilegiada mas o ambiente familiar é tudo menos harmonioso. O pai tem expectativas irreais para a mulher e os filhos e pune-os severamente quando se mostram menos que perfeitos.
Quando um golpe militar ameaça fazer desmoronar a Nigéria, o pai de Kambili envia-a, juntamente com o irmão, para casa da tia. É aí, nessa casa cheia de energia e riso, que ela descobre todo um novo mundo onde os livros não são proibidos, os aromas a caril e a noz-moscada impregnam o ar, e a alegria dos primos ecoa.
Esta visita vai despertá-la para a vida e o amor e acabar de vez com o silêncio sufocante que a amordaçava. Mas a sua desobediência vai ter consequências inesperadas...
Uma obra sobre a ânsia pela liberdade, o amor e o ódio, e a linha ténue que separa a infância da idade adulta, que marcou a estreia de uma escritora extraordinária."

Um livro que veio daqui

21 dezembro 2010

I HEART NEW YORK, Lindsey Kelk


Romance, Harper
É por isto que eu adoro ficção: digam-me o nome de uma mulher que tenha sido traída e tenha corrido para Nova Iorque onde, de repente, está a sair com dois dos melhores partidos da cidade e ainda por cima arranja um emprego de sucesso? (já sabemos que a "Cinde-fucking-rella" não conta - à esperem, esta não é prostituta). Isto, claro, depois de ter feito uma mudança de visual brutal - e comprado uma mala Marc, by Marc Jacobs. Ai tenho tanta pena da Angela... Não me importava nada de estar no mesmo dilema que ela: Wall Street ou Brooklyn. Vá lá, já me contentava com o dilema Parque das Nações ou Bairro Alto... Um conto de fadas da era moderna que só me desiludiu pelo facto de não explorar mais Nova Iorque - com um título destes (e que feio que o título é), gostava de ter "visto" mais da grande maça.

16 dezembro 2010

Antes de Começar... (45)


Livro:
I heart New York
Autor: Lindsey Kelk
Editora: Harper
Ano: 2009

"Fleeing her cheating boyfriend and clutching little more than a crumpled bridesmaid dress, a pair of Louboutins and her passport, Angela jumps on a plane - destination NYC.
Holed up in a cute hotel room, Angela gets a New York makeover from her NBF Jenny and a whirlwind tour of the city that never sleeps. Befores she knows it, Angela is dating two sexy guys. And, best of all, she gets to write about it in her new blog (Carrie Bradshaw eat your heart out). But it's one thing telling readers about your romantic dilemmas, it´s another figuring them out for yourself...
Angela has fallen head over heels for the big apple, but does she heart New York more than home?"

15 dezembro 2010

UM AMOR EM SEGUNDA MÃO, Isabel Wolff


Romance, Contraponto
Assim de repente, apetece-me imenso usar roupa vintage, não sei porquê… Venham de lá esses vestidos Balenciaga, St. Michael ou as camisas de noite de algodão francesas das décadas de 1920 e 1930 compradas para o enxoval de alguém e nunca usadas (de preferência). A história de Um Amor em Segunda Mão desenrola-se em volta de uma loja de roupa vintage e da sua proprietária e damos por nós a querer um dos vestidos-queque de baile que Phoebe Swift tem pendurados nas paredes (o de cor de cacau é meu, estou já a avisar). Confesso que fiquei super-animada quando comecei a ler a sinopse, mas que fiquei com medo quando chegou à parte da perda da melhor amiga e depois a referência à II Guerra Mundial e a um casaquinho de criança. Queria ler uma coisa levezinha e não me estava a apetecer muito ler sobre tragédias. Confesso que já estou a ficar farta de ler histórias de crianças que viveram (e morreram?) durante o Holocausto. Mas resolvi arriscar e, apesar de mencionar esses acontecimentos tristes e de eles serem essenciais para o desenvolvimento da história, não a dominam. Não sei, senti que podia respirar entre as descrições desses maus momentos. Pronto, admito, desde o início que estava à espera de um final feliz (isso não significa que não tenha chorado…) No fundo, este é um livro sobre amizades e sobre culpa, mas nunca nos consegue deixar com um nó na garganta. Um livro que os amantes de roupas não devem perder (adoro a capa, já agora).

09 dezembro 2010

Antes de começar... (44)


Livro:
Um Amor em Segunda Mão
Autor: Isabel Wolff
Editora: Contraponto
Ano: Setembro de 2010

"Um Amor em Segunda Mão conta a história de Phoebe Swift, uma especialista em história da moda que decide abruptamente deixar o seu emprego na prestigiosa leiloeira Sotheby's para abrir o seu próprio negócio - uma pequena loja de roupa vintage no Sul de Londres, chamada Vintage Village.
Ao mesmo tempo, Phoebe está a lidar com a recente perda da sua melhor amiga, Emma, e com a separação do seu noivo. Por isso, refugia-se no trabalho - restaurando as maravilhosas peças de roupa que compra, revendendo-as para que tragam algum glamour à vida das suas clientes.
Mas Phoebe não consegue deixar de pensar nas "vidas passadas" destas roupas – nas histórias que contariam se pudessem falar.
Um dia conhece Thérèse Bell, uma senhora de idade, de origem francesa, com uma belíssima colecção de moda para vender. Entre os fatos elegantes e vestidos de alta costura, Phoebe encontra um casaquinho de criança azul que data da época da Segunda Guerra Mundial - uma peça que a Sr.ª Bell se recusa a vender. À medida que se vão tornando amigas, Phoebe vai escutando a triste e inspiradora história por trás do casaquinho azul e descobre uma ligação inesperada entre a vida da Sr.ª Bell e a sua, uma ligação que lhe permitirá libertar-se da dor do passado e voltar a amar."

Um livro que veio daqui

08 dezembro 2010

WHITE JAZZ - NOITES BRANCAS, James Ellroy


Policial, Editorial Presença
Desisti… e eu não costumo desistir. E olhem que já ia a meio, por isso não me podem acusar de não ter tentado. Mas simplesmente não consigo entrar na história: são muitos personagens, introduzidos como se fosse óbvio quem são - e eu não consigo perceber quem são. Algumas são personagens reais: graças ao Leonardo Di Caprio sei que existiu um Howard Hughes que era fanático por aviões e cinema, mas de resto, passa-me ao lado. E como não tenho conhecimento da Los Angeles do final dos anos 1950, não percebo nada do que se está a passar. E não me apetece ir pesquisar os nomes um a um na wikipedia para ver quem é real e quem é ficção… Só sei que não havia naquela cidade um polícia que não fosse corrupto.
Também não facilita as coisas a linguagem em que está escrito. Facto 1: os dados são apresentados como se fossem telegramas. Facto 2: às vezes são apresentados em artigos de jornais (que, como jornalista, não me parecem verosímeis). Conclusão: somos nós que temos de tirar as conclusões. Lamento, mas não consigo fazê-lo quando já estou tão confusa que não percebo quem está a fazer o quê - e estou a rezar para que se matem uns aos outros, pelo menos isso reduziria o número de personagens.
Digo apenas isto, se está familiarizado com a Los Angeles dos anos 1950, então leia este livro, vai gostar. Caso não esteja, então escolha outro policial.